Saúde é um jogo infinito: presença, escuta e vínculo

“Você está disposto a mudar o que te adoece?”

E se o que te adoece for exatamente o que o mundo aplaude em você?

Há séculos, repetimos a frase de Hipócrates:

“Antes de curar alguém, pergunte se ele está disposto a desistir das coisas que o fizeram adoecer.”

Mas…

E se for o seu foco inabalável?

Sua disciplina de ferro?

Seu ritmo impecável?

E se o que precisa mudar não for um hábito “ruim” —

mas uma armadura bem moldada, que te mantém sempre no mesmo lugar:

performando, entregando, resistindo?

💥 Porque mudança e movimento são a própria Vida.

E o que não muda, estagna.

Mesmo que pareça funcionar.

Às vezes, esse tipo de mudança é a mais difícil de todas.

Lembro de um diretor de multinacional com quem trabalhei por um longo período.

Na nossa última conversa, ele lembrou rindo:

“Nunca vou esquecer o dia em que você me colocou para pintar uma aquarela com os pés.”

Eu queria que ele vivenciasse o prazer e a beleza do momento —

sem controle, sem meta, sem os contornos que imaginava.

Apenas presença, desfrute e observação do que se revelaria.

Foi lindo e inesquecível. Para ambos.

Vivemos em uma cultura que glorifica constância, produtividade, foco.

Mas saúde real não é um gráfico em linha reta.

É um organismo em fluxo.

É vitalidade pulsante — não previsibilidade anestesiada.

Às vezes, a vida não te pede para fazer mais.

Ela te pede para fazer diferente.

Não é sobre evoluir dentro do mesmo molde.

É sobre ousar ser mais do que você já conhece de si.

Explorar novos caminhos de presença.

Ficar curioso com outras formas de prosperar.

🌱 Atletas. CEOs. Artistas. Empreendedores.

Mesmo quem vive em alta performance pode adoecer em silêncio —

quando para de experimentar, de descansar, de sonhar fora da pauta.

Esse texto não é um manifesto contra a excelência.

É um lembrete: a excelência pode (e deve) se renovar.

Mas só se houver espaço para o desconhecido, a pausa, o redirecionamento.

A pergunta então não é apenas:

Você está disposto a abrir mão do que te adoece?

Mas também:

Você está disposto a viver de forma diferente do que aprendeu a admirar?

Está disposto a se expandir, mesmo que isso signifique sair do que é normal para você?

Porque saúde — antes de qualquer coisa —

é a coragem de continuar vivo por inteiro.

Inteiro:

descobrindo, aprendendo, expandindo, se desenvolvendo.

E é por amor a isso que eu trabalho.

Grande abraço — e até breve!

Paula Lara

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